26 de maio de 2013

O Mistério da Santíssima Trindade

No primeiro domingo após a festa de Pentecostes a Igreja celebra a festa da Santíssima Trindade, um Deus que é Pai, Filho e Espírito Santo.







35. Cremos num Deus ou em três deuses?

Cremos num Deus em três pessoas (Trindade). «Deus não é solidão, mas perfeita comunhão.» (Bento XVI, 22.05.2005)
Os cristãos não adoram três deuses diferentes, mas um único Ser que desabrocha em três, permanecendo, contudo, um. Que Deus seja trinitário sabemo-lo por Jesus Cristo: Ele, o Filho, fala do Seu Pai que está no Céu [«Eu e o Pai somos um» (Jo 10,30)].
Ele ora ao Pai e concede-nos o Espírito Santo, que é o amor do Pai e do Filho. Por isso, somos batizados «em nome do pai e do Filho e do Espírito Santo» (Mt 28,19)

- YouCat, nº 35

Se as Três Pessoas são um único Deus, o que então as tornam diferentes uma das outras? De acordo com o Catecismo da Igreja Católica, a diferença entre as Pessoas da Trindade está no relacionamento existente entre elas (cf. CIC nº 255). Isso foi esclarecido por Santo Tomás de Aquino que denominou essa relação como “atributos”. De acordo com o santo, as Três Pessoas têm atributos próprios: o Pai é criador, o Filho salvador e o Espírito santificador. Mas os atributos próprios não esgotam o significado de cada uma das Pessoas porque, como elas se inter-compenetram e a Igreja acredita em um só Deus, há atributos apropriados também. O Espírito Santo se apropria do atributo de criar. Há um hino chamado ‘Veni Creator’ que mostra a dimensão do Espírito Santo enquanto criador, criativo. O Filho é salvador, mas o Filho também cria, enquanto atributo apropriado. Atributos próprios: o Pai criador, o Filho salvador e o Espírito Santo santificador; e atributos apropriados enquanto um se apropria dos atributos das outras duas pessoas.

A festa da Santíssima Trindade foi estabelecida pelo Papa João XXII (Pontificado entre 1316-1334), com o intuito de reverenciar, honrar, adorar, render glória a Deus, Uno, Trino e Eterno.


Tentando compreender um Mistério


Santo Agostinho, grande teólogo e doutor da Igreja, tentou compreender inteiramente este inefável mistério. Ele foi longe, porém, não chegou lá.
Absorto e meditativo, em certa ocasião, ele passeava pela praia pedindo a Deus luzes para que pudesse desvendar esse Santo enigma. É muito conhecido o que, então, lhe aconteceu: encontrou-se com um menino brincando na areia. A criança fazia um trajeto curto e repetitivo: com um copo na mão, continuamente, ele ia e vinha; enchia o copo com água do mar e a despejava num pequeno buraco feito na areia da praia.
Curioso, Agostinho perguntou à criança o que ela pretendia com aquilo. O menino respondeu que queria colocar toda a água do mar dentro daquele buraquinho. O Santo explicou a ele que seria impossível realizar o que queria. O menino desconhecido, então, argumentou: "É muito mais fácil o oceano todo ser transferido para este buraco, do que o mistério da Santíssima Trindade ser compreendido". E a criança desapareceu: era um anjo.
Agostinho entendeu a lição. Ele concluiu que a mente humana é extremante limitada para poder entender toda a dimensão de Deus. Por mais que se esforce, jamais o homem poderá entender esta grandeza por suas próprias forças ou por seu raciocínio. Só compreenderemos plenamente a Deus na eternidade, quando nos encontrarmos no céu com o Pai, o Filho e o Espírito Santo.


Referências:

Dogma da Santíssima Trindade. Disponível em: <www.arquidiocesecampinas.com/liturgia/dogma-da-santissima-trindade>. Acesso em: 26 mai. 2013

Festa da Santíssima Trindade. Disponível em: <www.arautos.org/especial/27283/Festa-da-Santissima-Trindade>. Acesso em: 26 mai. 2013

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